terça-feira, 8 de outubro de 2019

Ainda a Amazônia

A Guiana Francesa, na fronteira do Amapá, é um dos nove países da Amazônia e uma das três colônias na fronteira do Brasil. Hoje, duas são ex-colônias: a Guiana Inglesa, autônoma desde 1966, atual Guiana; e a Guiana Holandesa, autônoma desde 1975, atual Suriname. A Guiana Francesa continua colônia. Seus habitantes querem alforria, mas a França acha que o bom para eles é ser colônia. Macron e anteriores inspiram-se na Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. Na Guiana Francesa, seus habitantes não têm acesso à terra e aos recursos naturais, mas, em meio à sua floresta, na Montanha de Ouro, Canadá e Reino Unido constroem monumental mina. Quer dizer, pimenta nos olhos dos outros é refresco. Porém, o presidente da França, temendo ter de retirar os subsídios à agricultura – teria sido aconselhado por líderes da esquerda brasileira a não assinar o acordo Mercosul e UE. Desqualificar nossa agricultura é sua estratégia. Ora, no forte das queimadas na Amazônia, a África tinha mais de 10 mil focos de incêndios. Mas só se falava das queimadas aqui. O presidente Bolsonaro, que começou apagando o fogo com gasolina, retomou o bom senso. A Amazônia parece terra de ninguém diante de incêndios criminosos, mais de 500 mineradoras atuarem na clandestinidade, ONGs não prestarem contas, povos da floresta estarem em conversão a seitas. Aliás, na pauta do Sínodo dos Bispos está a conversão ao catolicismo, violentando tribos que têm seus deuses na natureza e nos espíritos de antepassados.
Chama atenção o interesse da Europa pela Amazônia. Em 2005, a Abin alertava para a “falta de transparência” das ONGs. No jornal Estado de SP, o vice Mourão chamou atenção à “ambição disfarçada por filantropia” das ONGs. Augusto Heleno, da Abin, quando Comandante Militar da Amazônia, disse: “A Amazônia é um patrimônio do nosso povo, que saberá protegê-la das ameaças à floresta e reagirá àqueles que pretendem violar nossa soberania.” Ora, o 3º setor, representando por OSCIPs e ONGs, é importante. Falo com a responsabilidade de ter criado a Oscip/Musicanto e a presidido por 4 anos. Ocorre que OSCIPs prestam contas (ao Min. da Justiça); ONGs, não. Então, por um instante pense comigo - de espírito desarmado - em 15.000 ONGs na Amazônia.
O senador Plínio Valério (PSDB/AM) - morador da aldeia - denunciou a ONG Opção Verde, vinculada a holandeses, pela compra de 105 mil hectares de terras em Coari/AM, área rica em petróleo e gás. Ora, Santa Rosa tem 48.978 hectares (489.780 Km2). Quer dizer, a ONG holandesa tem mais de duas vezes (2,14) o território deste Município. Porém, a denúncia não repercutiu. Já Bolsonaro, na ONU, ao dizer que não serão ONGs nem estrangeiros a ditarem regras ao Brasil - atraiu a ira da grande mídia, de governos e ativistas ambientais. Destilam ódio, por maldade, ou são críticos que não ouviram nem leram o discurso - contra quem, autêntico, não repetiu sandices de seus antecessores.
No Regime Militar - o slogan Integrar para não Entregar -, o Brasil teve projeto de controle e integração da Amazônia. Se era imperfeito, o caminho seria aperfeiçoá-lo. No entanto, foi abandonado porque, para seus críticos, tudo quanto feito pelos governos militares tornou-se sinônimo de coisa ruim. Hoje, 25 milhões de habitantes da área, “protegidos” por ONGs, não têm, sequer, suas necessidades básicas atendidas.

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