PAULO MALUF CULPADO
Paulo Maluf
(PP), que se sempre se vangloriou de ter sido absolvido de todos os processo
que enfrentou em sua vida pública, sofreu um duro revés. A Justiça acaba de
reconhecer que depósitos feitos no paraíso fiscal inglês Ilha de Jersey, no
valor de US$ 10,5 milhões, originaram-se de desvios que o deputado fizera
quando prefeito de SP. Esse caso, mais o julgamento do mensalão em curso no
STF, dão um novo alento à moralidade pública.
MINISTRO DIAS TOFFOLI (1)
Dias Toffoli
que, no julgamento do mensalão, revelou-se despreparado e subserviente aos que
o indicaram ao STF (Lula, José Dirceu), na dosimetria das penas aos mensaleiros
passou a defender penas leves. Um gesto que “comove” pela sua compaixão a
corruptos! Pela sua tese, as penas passariam a ser de fachada, em que o réu é
condenado mas não é preso. Só que, não faz muito, no julgamento do dep. Natan
Donadon (PMDB-RO), o mesmo ministro aplicou-lhe 13 anos.
Cadê a coerência, ministro?
MINISTRO DIAS TOFFOLI (2)
Esse mesmo
ministro, nada mais podendo fazer em defesa dos seus parceiros do PT, disse que
“privar as pessoas de liberdade, é medieval”, e que “pedagógico é aplicar
multas pecuniárias”. A tese poderia ser discutível se não partisse dele que, no
julgamento histórico ainda em andamento, teve ridículo e comprometedor papel.
MINISTRO DIAS TOFFOLI (3)
Os réus do
núcleo político do mensalão, já condenados, ao que a mídia apurou, já se
desfizeram de seus bens. Com isso, escapam ou, no mínimo, dificultam o
ressarcimento aos cofres públicos dos valores desviados para a compra de
deputados. Importa dizer que o ministro sabe que, com pela sua nova tese, os mensaleiros não cumpririam as
penas da condenação e, de quebra, ficariam livres de ressarcimentos. A tese soa
ode à impunidade.
FEITIÇO CONTRA O FEITICEIRO
Até chegar ao
poder, o PT era o paladino da moralidade. Era a única vestal. Não hesitava
exigir cadeia para os corruptos. Correto! Só que, agora, com a exemplar lição
que o STF lhe aplicou, acha que as prisões estão em estágio medieval. Antes,
“pimenta nos olhos dos outros era colírio”.
COMPRA-SE TUDO?
Infelizmente,
sim. A catarinense Ingrid Migliorini leiloou sua virgindade. Não faltaram
licitantes ao, até bem pouco tempo, recanto do recato feminino. Venceu um
japonês com o lanço de US$ 780.000. Ingrid cede à lógica da economia de
mercado: todo o bem ou serviço tem seu preço.