Fazia
quatro anos que a OSPA não se apresentava em Santa Rosa. Em 2010,
quando pela 4ª e última vez presidi o Musicanto, tive a honra de
contratá-la. Foi também um momento sublime, no Parque Municipal de
Exposições, quando o seu regente dividiu o palco com ninguém menos que o
Luiz Carlos Borges.
É
verdade que o palco do CC é acanhado para orquestras numericamente
grandes. No concerto último da OSPA, 50 musicistas nele se acotovelaram.
Mais figuras, como é a composição completa da orquestra, não caberiam.
Por isso, ao menos para amenizar o problema lembro que nos fundos do
palco até a divisa com a Rua Santos Dumont, existe um espaço ocioso de 2
metros. Seria o caso de abrir a parede atual, erguendo outra no limite
do espaço pertencente ao Município. Outra questão: dia e horário para
concertos. Domingo à noite não se encaixa no perfil do público desse
espetáculo. Melhor seria 10h, por exemplo, de domingo. Por óbvio, para
idosos, a noite não é um bom programa fora do lar. Essa sugestão me foi
dada pela professora Flávia Emmel, a quem Santa Rosa muito deve.
ASSASSINATOS CRESCEM
O
número de assassinatos no Estado, no primeiro semestre do ano, na
comparação com igual período de 2013, aumentou 22%. Só na Região
Metropolitana de Porto Alegre foram 768 homicídios. Nessa conta trágica
não estão computados os latrocínios (assaltos seguidos de morte) e
outros delitos, e isso que no mês da Copa do Mundo os crimes no Brasil
caíram muito.
Nós
nos compadecemos, com razão, com as mortes que se acumulam a cada dia
na guerra entre Israel e o Hamas (Palestina). No entanto, não nos
impressionamos com as vidas ceifadas mensalmente no RS. O Brasil vive
uma permanente guerra civil.
Como
referi, durante a Copa os crimes diminuíram. Qual ou quais as razões? É
que no período as polícias se mobilizaram e se entrosaram, e o Exército
Nacional, tantas vezes desmoralizado, se juntou às seguranças estadual e
federal. E as polícias foram para as ruas.
FARSA EM DOSE DUPLA
A
CPI da Petrobras, a exclusiva do Senado, é uma farsa. O seu controle
está nas mãos do governo federal. Explico: numa comissão parlamentar de
inquérito, os cargos importantes são a presidência e a relatoria. No
caso, ambos da base aliada. Logo, é uma CPI chapa branca. Se isso não
bastasse, o governo faz valer sua ampla maioria no Senado, ainda que à
custa de concessões imorais. Em suma, a CPI do Senado foi criada para
não pegar os corruptos.
Pois
não é que, dentro dessa farsa, uma segunda farsa foi descoberta! Para
que nenhum risco corresse o governo, foi montada uma fraude no Palácio
do Governo, consistente em passar aos investigados as perguntas a serem
feitas pelos senadores. Já os inquiridos foram treinados para as
respostas uniforme, “convincentes”.
Com
o esquema, as audiências da CPI não passaram de um teatro. As perguntas
que os senadores fizeram à presidente da Petrobras Graça Foster, ao
ex-presidente Sérgio Gabrielli e ao ex-diretor Nestor Cerveró foram
elaboradas por pessoas do governo e previamente apresentadas aos
interessados. Houve, inclusive, um treinamento para que as respostas
fossem uniformes.
Enfim,
temos farsa em dose dupla. A CPI no Senado, criada para proteger a
Dilma, a presidente que, tal qual seu antecessor, quando se trata de
corrupção, nada viu, nada sabe.
O PARECER DO CONSELHO
O
Conselho Estadual de Educação está analisando um Parecer, de autoria
não sei de quem, cuja finalidade é impedir, proibir, que as direções das
escolas punam os alunos que infringirem as regras disciplinares.
Respeito
para com os professores, faz muito tempo que alunos perderam. Agora, se
a medida, em estudo, for adotada pelo CEED, o aluno transgressor será
elevado à condição de Excelência. Quer dizer, a educação de mal a pior.