quinta-feira, 18 de setembro de 2014

DESTAQUE 2014

                                                                                   DESTAQUE 2014
Falar sobre pessoa da família gera um certo desconforto. Falar sobre as qualidades de familiar, então, pode soar exibicionismo. Mesmo correndo o risco de ser mal interpretado, resolvi falar sobre um dos homenageados na última EXPOINTER, em Esteio, o ANACLETO L. GIOVELLI. Ele recebeu o prêmioDESTAQUE BADESUL/EXP0INTER 2014”. Na placa comemorativa que lhe foi entregue, está consignado “GESTÃO, EMPREENDEDORISMO, OUSADIA E COMPROMETIMENTO, ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS PARA O SUCESSO”.
A distinção em comento se deveu à excelência do projeto de irrigação agrícola que o Anacleto implantou em sua propriedade, no município de Santo Ângelo, a começar pela formação da barragem de captação com o aproveitado de água, exclusiva, de uma fonte que nasce em meio uma mata que preserva, mesmo que sua terra, em uma das divisas, margeie o Rio Comandaí em mais de 3 quilômetros de extensão.
Embora tenha ao longo da vida desempenhado diversas funções (professor, orientador educacional, delegado de educação, prefeito etc), o Anacleto sempre se manteve fiel à sua origem rural. Por isso, tudo quanto amealhou nas atividades desempenhadas empregou na agricultura, ora ampliando a propriedade, ora investindo em melhorias como correção de solo, adoção do plantio direto e, agora, na irrigação.
Sobre a implantação do projeto de irrigação, que lhe rendeu a comenda, Anacleto se declara entusiasta. Dinheiro para financiar projetos existe, com juros e prazos compatíveis. No entanto, segundo ele, um dos grandes entraves é a energia elétrica, ou porque não existe ou porque é monofásica ou bifásica. O outro obstáculo está a burocracia: são muitos os órgãos públicos tratando do assunto, e o pior, a maioria sem conhecimento suficiente para fazer a proposta avançar.
O conhecimento que adquiriu na área, e que lhe rendeu o título “Destaque Badesul/Expointer”, o Anacleto ofereceu, gratuitamente, à Região. Ninguém se interessou, exceto a Prefeitura de Ten. Portela. Confirma-se: “Santo de Casa não faz milagre”.
Enfim, o prêmio faz justiça a quem, quer na profissão, quer no voluntariado, tudo quanto faz é com paixão.
                
                                                       CASAMENTO GAY
O CTG Sentinelas do Planalto, de Livramento, foi incendiado. O motivo salta à calva: impedir que no local a Juíza Carine Labre realizasse casamentos mulher com mulher, homem com homem. A propósito, não tenho nada contra essas uniões. A vida íntima de cada um é a vida de cada um. No entanto, por que tanta exposição tratando-se de evento íntimo? Por que os gays de Livramento deveriam se casar em uma sociedade privada, conservadora?
Sou do tempo em que homem casava com mulher e vice-versa. É da nossa cultura a união entre pessoas de sexo diferente. Eu não tenho preconceito contra os gays, até porque, estou convencido, eles não o são por opção. Homossexual nasce assim. Clodovil dizia que quando morresse teria uma conversa com Deus para saber por que o Criador o fizera homossexual. Mas que é estranho aos nossos costumes a união de pessoas do mesmo sexo, é. E sendo celebrada em um CTG, mais ainda.
No caso, a Juíza quis: 1º, aparecer; 2º, provocar a ira das pessoas que têm, no seu CTG, um porto seguro na tradição familiar. Ora, realizar uma cerimônia que quebra um paradigma familiar não é semear harmonia; é semear discórdia.
Os CTGs nasceram para cultuar tradições. São sociedades com regras rígidas, mas dentro da lei. Logo, casamento de pessoas do mesmo sexo não faz parte da tradição gaudéria. Portanto, não tinha a Juíza o direito de determinar que, em um local não público, fosse realizada a badalada cerimônia.
A função de um Juiz é dirimir conflitos. Lá, ao contrário, ela gerou conflito. Se Sua Excelência tivesse promovido a cerimônia em sua casa, por exemplo, ninguém teria se incomodado. Fica, pois, a sugestão para o futuro.
 Deplorável, ainda, os custos do evento aos Erários estadual e federal. Para a cerimônia, estiveram em Livramento uma ministra da Dilma e uma secretária do Tarso, com seus respectivos assessores. Deve ser porque os cofres públicos estão abarrotados de dinheiro.

ABUTRES E CALOTEIROS

                                                               ABUTRES E CALOTEIROS
É por demais conhecida a soberba argentina. Ainda na última Copa do Mundo, nos jogos da sua seleção, os brasileiros provocavam os torcedores do Messi, Di Maria e Cia. dizendo que eles não se davam por satisfeitos comprando um ingresso por pessoa. Cada argentino comprava dois ingressos, um para si e outro para o ego que cada um deles carrega.
Sobre a dívida da Argentina para com investidores dos EUA, a expressão mais empregada é: eles são abutres. Já os credores devolvem as provações dizendo que os argentinos são caloteiros. É claro que ferir seu orgulho, é demais para a soberba dos hermanos. Aliás, soberba que é antiga, fortemente estimulada no governo Carlos Menem (1991 e seguintes), quando o seu ministro da Economia, Domingo Cavallo, que melhor pronúncia seria se o seu sobrenome tivesse um “l” só, deu ao peso equivalência de dólar: um peso valia um dólar. É claro que foi uma medida artificial. Mas a mágica cria situações que a vida real às vezes demora a desmistificar.
Hoje, o abacaxi está nas mãos da presidente Cristina, como, até bem pouco, esteve com Néstor. É do casal presidente - ele morto, ela reinando - a expressão abutres, como forma de humilhar aqueles que apenas querem receber o dinheiro que emprestaram aos caloteiros argentinos. Até aqui, tudo bem. Cada um usa a arma que tem. Aliás, em briga de bugios, a arma dos primatas é ... é isso mesmo. Faz mais estrago pelo mau odor que exala do que pelo impacto contra o alvo.
Independente de se saber se a culpa é de abutres ou de caloteiros ou de ambos, li uma matéria interessante sobre o patrimônio constituído pelo casal Kirschner quando Néstor, em Rio Gallegos, era advogado da Finsud, uma financeira que operava com cobranças. Quando o falecido presidente, como advogado, sabia que um proprietário deixava de pagar a parcela mensal do crédito, ele ia até a casa do devedor e explicava suas opções: a) ter a casa leiloada e ficar sem nada; a) vender a casa ao próprio advogado. Em apenas cinco anos, o casal “comprou” 22 propriedades, de pessoas que não podiam pagar - a preço de galinha morta.
Bem se vê que o conceito de abutre muda de devedor para devedor, de credor para credor.

                                                      NEGÓCIO DA CHINA OU DE CUBA
O Mais Médico é um fabuloso negócio que se divide em dois tentáculos: a) um para o lado econômico, em benefício da “democracia” de Cuba; outro para o lado eleitoral, em favor da reeleição da Dilma.
Só para relembrar, em agosto de 2013, chegaram ao Brasil os primeiros médicos cubanos com a finalidade de aumentar o número de consultas em regiões carentes. Um programa bom para os dois países: para Cuba, que passou a faturar financeiramente muito; para o governo do Brasil, que passou a faturar politicamente.
O balanço desse ano de funcionamento, com 11.400 médicos cubanos, apresenta o seguinte resultado: os cofres do ditador Raul Castro receberam, só do Brasil, R$ 1.160.000.000,00, e a Organização Pan-Americana de Saúde R$ 260.000.000,00. Para cada médico, o governo brasileiro paga R$ 10.400,00, só que, desse valor, 70% é confiscado pela ditadura de Cuba. Portanto, sobra para cada profissional apenas R$ 3.120,00. Ora, se isso não é trabalho escravo, é o conceito de trabalho escravo deve mudar.  

                                                                   HIPOCRISIA
No funeral de Eduardo Campos (PSB), vi políticos lamentando, outros chorando (lágrimas de crocodilo) a morte do candidato a presidente. Alguns são os mesmos que, não fosse a tragédia, logo adiante estariam achando defeitos e crucificando o ex-governador de Pernambuco. Mas na hora da dor, os oportunistas de plantão se apresentam. Alguns estavam inconsoláveis. É, morreu, vira santo. Ouvi, por exemplo: “Ah, quanta falta fará!” “Ele foi um exemplo de homem público.” “O Brasil está de luto e nós, brasileiros, órfãos.”
Ao Lula e a tantos outros menos votados que procuraram faturar com a desgraça da família Campos, cabe a frase do grande Machado de Assis no conto O Empréstimo: Está morto. Podemos elogiá-lo à vontade.”