sexta-feira, 12 de abril de 2013

“PIOR QUE O CAOLHO




 Com José Mujica, presidente do Uruguai, não tem meias palavras. Ao se referir à homóloga Cristina Kirchner, disparou: ”Esta velha é pior que o caolho.”Caolho é (era) Nestor Kirchner, ex-presidente e marido da presidente da Argentina. Cristina exigiu retratação. Mujica silenciou. Ficou o dito pelo dito.
Cristina conduz muito mal a Argentina. Os números da inflação, do PIB e do desemprego do país são maquiados.No Mercosul, ela desrespeita os países do Bloco, inclusive o Brasil, com a conivência da presidente Dilma. Que o digam os fabricantes de calçados e de máquinas.
Mujica, ex-guerrilheiro Tupamaro, é coerente. Defensor dos pobres, com ele discurso e prática andam de mãos dadas: a) usa seu automóvel (um fusca antigo) ao invés do carro oficial; b) abriu mão das mordomias do Palácio do governo para residir na sua modesta chácara no interior de Montevideo. Ele me faz lembrar D. Elder Câmara. Defensor dos pobres, o saudoso arcebispo viveu franciscanamente como sempre pregou.
                                         
TROCA DE FIGURINHAS
José Dirceu, indignado com sua condenação no mensalão, ataca Luiz Fux. Diz que o ministro só chegou ao STF pela promessa de absolvê-lo. O ex- ministro do Lula, querendo ou não desqualificar o ministro, expõe as vísceras do Poder. Por outro lado, sua raivosa reação dá razão aos ministros que adotaram a teoria do domínio do fato, isto é, o chefe sabia – para não dizer, participava – das falcatruas montadas nas entranhas do governo federal. Se houve troca de figurinhas entre Dirceu e Fux não sei. Mas a acusação revela o grau de promiscuidade que envolve o critério de nomeação de ministros do STF. É um toma lá, dá cá. Como, com Fux não deu certo, Dirceu se sente traído. A propósito, no momento em que s e trava nova luta pela vaga com a aposentadoria do ministro Ayres Brito, é visível o empenho do PT em nomear alguém alinhado a Dirceu. Ilibada conduta e notório saber, ficaram em segundo plano. Que vergonha!

(IN) GOVERNABILIDADE    
O Estado caminha célere para a ingovernabilidade. Tarso Genro sacará R$ 4,2 bilhões dos precatórios (que são das partes litigantes em juízo) para financiar o déficit do seu governo. Além disso, deixará mais R$ 10 bilhões referentes ao piso do magistério que, como ministro, criou mas, como governador, não paga. Com esse estoque de dívidas, ao próximo governo restará administrar a folha dos servidores. A senadora Ana Amélia, palestrando a empresários, questionada se seria candidata ao Piratini, respondeu: “Algum dos senhores assumiria o governo do RS nas condições em que está hoje?” Ninguém se habilitou.

     POBRES ÍNDIOS!
Ao ver crianças indígenas mendigando pelas ruas, é forçoso lembrar a saga dessa espécie. Sobre os nativos, os brancos se dividem. Para os mais radicais, os índios mereciam ser exterminados; para os mais tolerantes, os índios deveriam ser incorporados à sociedade não índia, na qual seriam “civilizados”. Logo, para os intolerantes ou tolerantes, o fim seria o mesmo: a eliminação da espécie. Menos mal que a CF/88 rompeu essa lógica.
Recente matéria publicada em revista destaca que, no século 14, a malária matava muito na Europa. A doença, a bordo de navios negreiros, chegou ao Brasil. Aqui, os índios já a curavam com o extrato da casca da cinchona. Os jesuítas levaram mudas da planta para a Europa. Lá, químicos franceses, isolaram a quinina, presente na cinchona, e desenvolveram o remédio. De quebra, descobriram a água tônica, refrigerante de quinino. 
Sobre os índios, Leonardo Boffleciona: "a sabedoria de suas culturas se teceu mediante uma sintonia fina com o universo e a escuta atenta da terra. Sabem, melhor que nós, casar céu e a terra, integrar vida e morte, compatibilizar trabalho e diversão, confraternizar ser humano com a natureza". Temos muito a aprender com os índios.

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