sexta-feira, 18 de maio de 2018

MUSICANTO EM NOVA FASE (II)

Na edição anterior, escrevi sobre o Musicanto Sul-Americano de Nativismo em sua Nova Fase, ou seja, a realização do festival nativista orgulho dos santa-rosenses, nascido em 1983 quando prefeito o Erni Friderichs, agora, pela primeira vez, dentro da programação da Feira Nacional da Soja, no Parque Municipal de Exposições Alfredo Leandro Carlson. Esclareço que, no local, não foi a primeira vez realizado. Mas, concomitante com a consagrada Fenasoja, sim. Como é natural, foi uma experiência cercada de expectativa. Afinal, daria certo? Se não desse, mesmo assim se repetiria? O Musicanto, inserido na Feira Multissetorial, perdeu ou perderá sua essência?
Essas e outras questões fustigam a todos que gostam do Musicanto. Para mim, a parceria está aprovada, com louvor. Pequenas correções deverão ser feitas, o que, ao natural, se dará com o andar da carruagem. A 1ª resposta positiva é que o festival, graças a essa composição, foi viabilizado, e isso é fundamental para compositores do Brasil, Argentina e Uruguai (para referir apenas os Países que tiveram composições concorrendo nas noites de 27, 28 e 29/04) e para os aficionados da música.
O espaço em que se realizou o festival, embora não tenha as mesmas condições materiais e funcionais do Centro Cívico Antônio Carlos Borges, ofereceu, com suas mesas na área central, oportunidades para que os espectadores - principalmente nos intervalos entre uma música e outra ou entre um show e outro - interagissem, tomassem sua cerveja, refrigerante ou água e consumissem lanches, ainda que alguns excessivamente salgados. Ah, o que quase sempre em eventos dessa natureza é um problema, a sonorização no caso foi aprovada. Foi excelente, em que pesem as limitadas condições acústicas do barracão de eventos.
A vencedora do Musicanto/2018 foi “O Mundo é Um Samba”, de Thiago Suman, Guilherme Suman e Adriano Sperandir, defendida por Adrieli Sperandir (voz), Adriano Sperandir (Guitarra), Cristian Sperandir (teclados), Sandro Bonato (bateria), Caio Maurente (contrabaixo) e Bruno Coelho (percussão). Um dos seus versos, diz: “O Mundo é um samba/Que vem na contramão/É abrigo, é um vício, é tradição/É onde se nasce bamba/Desabrigando a solidão”. Não era a minha canção preferida, mas tendo sido a dos jurados e de outros, democraticamente devo recepcioná-la e aplaudi-la.
Destaque, ainda, para a composição representante da cidade no evento, a santa-rosense pura cepa “Colibri”, escolhida como a canção mais popular pelo público e premiada com o 3º lugar pelo júri. Parabéns aos seus compositores Vinícius Ribeiro e Laerte Ribeiro, principalmente ao Caroço pela vigorosa interpretação da canção. Ah, também não se pode esquecer os demais defensores: Darlan (acordeon), Spohr (violão), Chitolina (guitarra), Arthur (baixo), Borginho (percussão) e Cristian (teclado).
Passada a edição do Musicanto/2018, em que se comemora seu renascimento na medida em que, de cada evento, novas composições nascem, surge a notícia da morte de Mário Barbará. Registro, com pesar, o passamento do Marinho, que teve passagem marcante no 1º Musicanto com “Querência Maior”, dele em parceria com J. L. Vilella. Uma obra-prima. Mas foi com “Desgarrados” (Califórnia) que se consagrou.

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