sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Exportando trabalho e beleza

O Paraguai, como um todo, mas, em especial, a Região separada do Brasil pelo Rio Paraná nas proximidades da Hidrelétrica Itaipu recebeu, nas últimas três décadas, muitos agricultores gaúchos, catarinenses e paranaenses atraídos pela qualidade das suas terras e clima e pela facilidade na compra do bem fundiário. Da Região Noroeste/RS, trabalhadores rurais venderam seu patrimônio, em geral reduzido a poucos hectares de terras exauridas, para se arriscarem em outro País como fizeram no passado gaúchos rumo, 1º ao Paraná, depois ao Mato Grosso, e muito antes, da Europa para a América do Sul, famílias italianas, alemãs etc. Hoje, o Paraguai, graças aos brasileiros que o adotaram como sua Pátria, cresce mais que o Brasil e a Argentina. Só o cultivo da soja ocupa mais de 3 milhões de hectares, sendo que cerca de 70% dessa área está nas mãos de brasileiros desde a abertura do governo paraguaio, a partir da década de 1970. Em 2018, o Paraguai produziu 9,2 milhões de toneladas de soja.
A instabilidade política que se instalou no País durante o governo Fernando Lugo - aquele ex-Bispo, também conhecido como reprodutor, que, segundo veiculou a imprensa na época, se valia da sua condição de autoridade religiosa para copular com indiazinhas pobres, afastado do poder, em 2012, por um processo de Impeachment, em função das disputas entre os sem-terra nativos, incentivadas pelo então presidente, com os brasiguaios, na Região do Alto Paraná - é coisa do passado. O atual presidente, Mario Abdo Benítez, do partido Colorado, o mesmo do ex-presidente (ditador) Stroessner, apoia a permanência de brasileiros em seu País e os incentiva no desenvolvimento da agricultura e de outras áreas. E os brasileiros e/ou seus descendentes contribuem para o crescimento do Paraguai. Outrossim, nossos gaúchos fizeram do vizinho País uma extensão do RS, tantos são os CTGs por lá implantados.
De Santa Rosa, dezenas de famílias saíram em busca de vida nova no Paraguai, quando ainda não havia estradas, nem máquinas agrícolas e nem financiamentos para investimentos e custeio à produção primária. Hoje, muitas têm novas famílias lá constituídas, as brasiguaias. Entre elas, os Lottermann e Tolazzi, que deixaram o Laj. Pessegueiro na década de 1980 - lugarejo, este, do interior de Santa Rosa, que marcou época nas décadas de 1960/70, no futebol, com o Guarani, e com o moinho e serraria do Benvindo Tolazzi, movido pela água do Rio Pessegueiro (ah, que saudade do tempo que as margens dos rios tinham cobertura vegetal!) - para se estabelecerem em Santa Rita, então com apenas nove casas, muito diferente de agora com 50 mil habitantes, 90% de brasileiros ou seus descendentes, entre eles a hermosa KETLIN - filha de Itamar e de Vera Lottermann, neta de Ivo Lottermann e de Clair Tolazzi, esta filha do casal meu amigo, com orgulho, Benvindo e Dileta Tolazzi - há pouco eleita MISS PARAGUAI/2019.
Ketlin não nasceu em Santa Rosa, mas os espermatozoides e os óvulos dos seus avós e pais se desenvolveram na terra do Musicanto, Tapeporã, Fenasoja, Indumóveis e Hortigranjeiros. Parabéns à Miss Paraguai, fisioterapeuta por opção, beleza pela mão escultural do Arquiteto do Universo e cultura e princípios sedimentados no exemplo das famílias Lottermann e Tolazzi. Sucesso, Ketlin, no Miss Universo em dezembro, EUA.

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