segunda-feira, 11 de março de 2019

MORINGA NA FENASOJA

Percalços são mornais na implantação de ideias ou projetos novos. É o caso do projeto Moringa em parceria com a Fenasoja (Elias Dallalba, presidente, e Cleo Rockembach, secretário), tendo por local o Parque Alfredo L. Carlson. Como é sabido, vaticinar que essa ou aquela iniciativa não dará certo, é mais fácil do que criar ou fazer acontecer. Os derrotistas estão de plantão para, em eventual insucesso, afirmarem: “Eu avisei”. Alinho-me, porém, aos que preferem errar fazendo do que acertar pelo acaso. É o exemplo da água: na queda ganha força. Itaipu é um caso. O Rio Paraná, no leito normal, não tinha força. Represado, passou a ser líder mundial na produção de energia (2,6 bilhões/MWh), suprindo 15% da nossa demanda e 90% do Paraguai.
Minha queixa, com um misto de desabafo e prestação de contas, diz respeito com a implantação do projeto Moringa (plantio dessas árvores no Parque de Feiras), ideia que me encantou, ora em desenvolvimento com a participação, ainda, do Agrônomo Vione da Emater, do Secretário da Agricultura Eisen e do indigenista Homero Pinto, mas que tropeçou na nossa inexperiência, o que é compreensível. Afinal estamos lidando com coisa nova, e todo o novo sujeita-se a aprendizado. Como ensina Mário Sérgio Cortella, sendo também título de um dos seus livros, “Não Nascemos Prontos”.
O local escolhido para receber árvores moringas (Parque Municipal) se revelou inadequado. Além disso, pragas desconhecidas destruíram as primeiras plantinhas levadas à terra. A solução foi, 1º, recuperar o solo; 2º, detectar os inimigos das frágeis árvores. Adversidades, estas, porém, que não nos fizeram esmorecer. Pelo contrário, o projeto avançará porque está em jogo mais do que plantar árvores - que por si só já justificaria toda e qualquer parceria - mas o plantio da “árvore da vida”.
Veiculado, o projeto vem repercutindo além da Fenasoja, a ponto de não ser exagero se afirmar que, na sua próxima edição, será atração, quer como novidade, quer como expectativa de nova fonte de alimento humano e animal. Sobre o projeto - plantar árvores, e que árvores! -, quando me perguntam, digo: nasceu da conjunção de dois fatores: a) amor à natureza; b) inconformidade com a mesmice. A propósito, segundo Guimarães Rosa, “o animal satisfeito dorme”. Concordo. É que, aceitando as coisas como elas estão, o homem (com a barriga cheia) equipara-se a um animal saciado.
Sobre o projeto Moringa/Fenasoja recebi muitas mensagens, destacando: Norton Goulart, neurologista - “Lembro do Juarez Guterrez. Lembro que ele plantou todas as árvores das calçadas de Santa Rosa. A grande diferença entre ele e o Aquiles é que no caso o Juarez - que conheci - plantar era sua atividade profissional. No caso do Aquiles é apenas por amor à natureza - não ganhando nada com isto, a não ser o prazer de ver o mundo mais verde”; Maurício Coas, corretor de imóveis - “Um ilustre cidadão, sou fã e tenho carinho pelo nosso advogado. O prefeito dos sonhos para Santa Rosa”; Cel. Talmo, ex-comandante do 19º RCMec - “O Dr. Aquiles Giovelli, sem dúvida nenhuma, é gente que faz!” Essas e outras manifestações - descontado, é claro, o exagero próprio dos amigos nos encômios - registro-as como o combustível para prosseguir e o despertar de consciência em defesa do agredido meio ambiente.

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