quarta-feira, 25 de março de 2015

AÉCIO NEVES, O GENRO DE SANTA ROSA

Fui amigo do MÍLTON WEBER, o NEGO, já de saudosa memória, nascido e criado em Santa Rosa, mais precisamente na esquina da Av. Santa Cruz com a Rua Buriti, local em que funcionava um bar, o famoso por décadas Bar do Weber, hoje Padaria Pão Quente. Nos fundos do prédio, em peça com quarto e banheiro, por alguns anos fui inquilino do seu WALDEMAR WEBER, o patriarca da família Weber. Os contemporâneos do Nego se lembram da figura alegre, afável, mas, particularmente, pela marca indelével que deixou: a gargalhada que costumava dar em meio ao silêncio da exibição de filme no CINE ODEON (Lojas Colombo, hoje), época em que o cinema era programa obrigatório nos domingos à noite.
 O Nego, com vinte e poucos anos de idade, casou com uma moça de Panambi, transferindo-se, definitivamente, para aquela cidade. O casal, ele santarrosense, ela panambiense, teve duas filhas. Faz mais ou menos 8 anos que o Nego perdeu a vida de forma trágica: morreu atropelado por um cavalo disparado, enfurecido, em desabalada correria em meio ao público em um rodeio crioulo onde ele e sua família se encontravam, transformando, o que era um dia de lazer, em dia fatídico para familiares e amigos seus.
 Feita essa breve apresentação, impõe-se esclarecer a razão dela. Respondo: a razão é peculiar, simples, porém, carrega um pouco de história. Ocorre que o Nego é ninguém menos que o pai da LETÍCIA WEBER, esposa do senador AÉCIO NEVES, candidato à presidência da República. Ela se tornou conhecida dos eleitores pelo seu trabalho nas redes sociais na campanha eleitoral do primeiro turno. Há três semanas, Aécio e Letícia batizaram o casal de filhos gêmeos que tiveram em junho deste ano.
 O saudoso Nego, o caçula da família, deixou um irmão, o ARI, mais conhecido por WEBÃO, além de duas irmãs. O Webão, tio da Letícia e, pelos laços afins decorrentes desse casamento, de Aécio também, continua residindo em Santa Rosa, no Bairro Central. Importa dizer que esta Região nunca teve laços afetivos tão estreitos com alguém do poder Central, hoje Senador da República, amanhã, quiçá, presidente do Brasil.
 Se Aécio Neves ascender à presidência da República, e essa possibilidade é real, a partir de 2015 a primeira-dama do Brasil será uma quase santarrosense, ou seja, uma filha de um filho de Santa Rosa, o que, para a Região que vive uma quase orfandade política, não seria pouco. Por isso, o futuro presidente – com o perdão dos linguísticos pelo neologismo – ostentaria o título de Genro de Santa Rosa ou, dependendo da preferência, Santa Rosa passaria a ser a Terra do Sogro do Aécio. Seria o 4º título. Até aqui, são três: 1ª) Berço Nacional da Soja; 2ª) Terra da Xuxa; 3ª) Terra do Musicanto. Ampliar para quatro títulos seria uma boa, tendo por foco, no caso, a ideia de que conviver é um ato político. Logo, em assim sendo, o convívio com alguém com raízes ainda em nosso solo, mais próximo, e por consequência, mais eficaz ainda poderá vir a ser o convívio político.
 Quando se pensa em representação política, pensa-se no detentor de cargo político e se ignora a companheira do político. No máximo se diz tratar-se da esposa do fulano de tal, o que é um desrespeito para quem anonimamente dá suporte ao político bem sucedido e tem luz própria. Para tornar menos árida a conversa, vamos a exemplos: EVITA PERÓN, esposa de presidente JUAN DOMINGO PERÓN, da Argentina, perpetuou o peronismo no país sem nunca concorrer a cargo algum. Por certo que uma reivindicação a ela, e por ela aceita, tinha peso de presidente. O mesmo diga-se em relação a MICHELE OBAMA, a primeira-dama dos EUA, que, sem ser política, tem índice de aprovação maior que o maridoBARACK OBAMA, presidente, quer por suas obras sociais, quer por sua elegância. A propósito, no quesito elegância, Letícia não fica para traz: é modelo e revela bom gosto, inclusive, segundo mulheres que já ouvi, na escolha da sua cara-metade.

 Lembremo-nos que, por essa ligação familiar, se eleito presidente, Aécio estará a um passo de ser aliado da Região na solução de problemas históricos (ponte internacional, por exemplo), haja vista que, embaixo do mesmo lençol, a dois, importantes decisões são tomadas. Lembremo-nos que o último presidente a visitar Santa Rosa foi João Figueiredo, em FENASOJA.

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