Fui amigo do MÍLTON WEBER, o NEGO, já de saudosa
memória, nascido e criado em Santa Rosa, mais precisamente na esquina da Av.
Santa Cruz com a Rua Buriti, local em que funcionava um bar, o famoso por
décadas Bar do Weber, hoje Padaria Pão Quente. Nos fundos do prédio, em peça
com quarto e banheiro, por alguns anos fui inquilino do seu WALDEMAR WEBER, o
patriarca da família Weber. Os contemporâneos do Nego se lembram da figura
alegre, afável, mas, particularmente, pela marca indelével que deixou: a
gargalhada que costumava dar em meio ao silêncio da exibição de filme no CINE
ODEON (Lojas Colombo, hoje), época em que o cinema era programa obrigatório nos
domingos à noite.
O Nego, com
vinte e poucos anos de idade, casou com uma moça de Panambi, transferindo-se,
definitivamente, para aquela cidade. O casal, ele santarrosense, ela
panambiense, teve duas filhas. Faz mais ou menos 8 anos que o Nego perdeu a
vida de forma trágica: morreu atropelado por um cavalo disparado, enfurecido,
em desabalada correria em meio ao público em um rodeio crioulo onde ele e sua
família se encontravam, transformando, o que era um dia de lazer, em dia
fatídico para familiares e amigos seus.
Feita essa
breve apresentação, impõe-se esclarecer a razão dela. Respondo: a razão é
peculiar, simples, porém, carrega um pouco de história. Ocorre que o Nego é
ninguém menos que o pai da LETÍCIA WEBER, esposa do senador AÉCIO NEVES,
candidato à presidência da República. Ela se tornou conhecida dos eleitores
pelo seu trabalho nas redes sociais na campanha eleitoral do primeiro turno. Há
três semanas, Aécio e Letícia batizaram o casal de filhos gêmeos que tiveram em
junho deste ano.
O saudoso Nego,
o caçula da família, deixou um irmão, o ARI, mais conhecido por WEBÃO, além de
duas irmãs. O Webão, tio da Letícia e, pelos laços afins decorrentes desse
casamento, de Aécio também, continua residindo em Santa Rosa, no Bairro
Central. Importa dizer que esta Região nunca teve laços afetivos tão estreitos
com alguém do poder Central, hoje Senador da República, amanhã, quiçá,
presidente do Brasil.
Se Aécio Neves
ascender à presidência da República, e essa possibilidade é real, a partir de
2015 a primeira-dama do Brasil será uma quase santarrosense, ou seja, uma filha
de um filho de Santa Rosa, o que, para a Região que vive uma quase orfandade
política, não seria pouco. Por isso, o futuro presidente – com o perdão dos
linguísticos pelo neologismo – ostentaria o título de Genro de Santa Rosa ou,
dependendo da preferência, Santa Rosa passaria a ser a Terra do Sogro do Aécio.
Seria o 4º título. Até aqui, são três: 1ª) Berço Nacional da Soja; 2ª) Terra da
Xuxa; 3ª) Terra do Musicanto. Ampliar para quatro títulos seria uma boa, tendo
por foco, no caso, a ideia de que conviver é um ato político. Logo, em assim
sendo, o convívio com alguém com raízes ainda em nosso solo, mais próximo, e
por consequência, mais eficaz ainda poderá vir a ser o convívio político.
Quando se pensa
em representação política, pensa-se no detentor de cargo político e se ignora a
companheira do político. No máximo se diz tratar-se da esposa do fulano de tal,
o que é um desrespeito para quem anonimamente dá suporte ao político bem
sucedido e tem luz própria. Para tornar menos árida a conversa, vamos a
exemplos: EVITA PERÓN, esposa de presidente JUAN DOMINGO PERÓN, da Argentina,
perpetuou o peronismo no país sem nunca concorrer a cargo algum. Por certo que
uma reivindicação a ela, e por ela aceita, tinha peso de presidente. O mesmo
diga-se em relação a MICHELE OBAMA, a primeira-dama dos EUA, que, sem ser
política, tem índice de aprovação maior que o maridoBARACK OBAMA, presidente,
quer por suas obras sociais, quer por sua elegância. A propósito, no quesito
elegância, Letícia não fica para traz: é modelo e revela bom gosto, inclusive,
segundo mulheres que já ouvi, na escolha da sua cara-metade.
Lembremo-nos
que, por essa ligação familiar, se eleito presidente, Aécio estará a um passo
de ser aliado da Região na solução de problemas históricos (ponte
internacional, por exemplo), haja vista que, embaixo do mesmo lençol, a dois,
importantes decisões são tomadas. Lembremo-nos que o último presidente a
visitar Santa Rosa foi João Figueiredo, em FENASOJA.
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