quarta-feira, 25 de março de 2015

DISCUSSÃO RELEVANTE

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, manteve encontros com advogados de empresários presos na Operação Lava-Jato. Alguns públicos, outros privados. Nada contra encontros públicos. Já os encontros privados, pela circunstância dos fatos, cheiram podridão. Por isso, o ministro foi convocado a se explica perante o Congresso. Lá, menos pelo que ele disse, mais pelo que não disse, satisfez. É que, assim como Cardozo fez de conta que falou a verdade, os parlamentares fizeram de conta que acreditaram.

No caso, misturando alhos com bugalhos, Cardozo ignorou que deve lealdade ao Estado, não ao governo. Conforme Ricardo Pessoa, da UTC, preso na Operação Lava-Jato, o ministro fez de tudo para que o empresário não aceitasse a delação premiada. Por quê? Porque denunciaria, como denunciou, que carreara milhões de reais do Petrolão para do PT, beneficiando Lula e Dilma.

No ponto, com as vênias dos que pensam diferente, para mim a reunião entre ministro e advogados nada teve a ver com o Petrolão. Eles discutiram, tão-só, o sexo dos anjos.

ANIVERSÁRIO DO PT
Faz poucos dias, o PT completou 35 anos. Um tanto envergonhada, sua cúpula comemorou. Sua militância, quase sumiu. Não é para menos. O PT se dizia ser diferente. A ética era seu norte. Porém, ao chegar ao poder, nivelou-se aos demais partidos. E se a polícia federal e o ministério público conseguirem chegar nas profundezas dos governos Lula e Dilma, se terá de dizer que o PT está alguns furos abaixo dos outros.

Quando da 1ª eleição do Lula, eu dizia que se o líder sindical chegasse à presidência da República não haveria tragédia alguma. Pelo contrário, o que faltava ao PT em quadros, sobrava-lhe em honestidade. Passada sua lua de mel com o poder, digo que me enganei.

Até aqui, dois escândalos monumentais foram revelados: o Mensalão e o Petrolão. Outros virão. Mas, o que mais choca é ver que o PT, salvo exceções, ao invés de mostrar arrependimento e punir, defende seus corruptos.

GOVERNO SARTORI
O Estado gaúcho está em frangalhos. As minguadas fontes de recursos que tinha, foram usadas por Tarso. O que estava ruim, pior ficou. Os cortes de secretarias e de cargos de confiança valem pelo exemplo. No entanto, no enxugamento da máquina estatal é preciso mais. Por exemplo, desativar as coordenadorias regionais da educação, saúde, obras etc. Nelas, centenas de servidores, professores, inclusive, estão em desvio de função.

Essas coordenadorias se justificavam ao tempo em que uma ligação telefônica do interior com a capital demorava uma semana. Ademais, os municípios, mediante convênio, poderiam suprir, com vantagem, as tarefas ainda confiadas a essas repartições. Mas como são cabides de emprego, o destino deles cabe no verso Luís de Camões: “Cessa tudo que a antiga Musa canta // Que outro valor mais alto se alevanta”.

FORÇA DESCONHECIDA

Algumas categorias profissionais recém estão descobrindo sua força. Uma delas, a dos caminhoneiros. Interromperam o transporte rodoviário, comprometendo o abastecimento de parte do país. O protesto é justo. Só que o nosso direito de ir e vir é sagrado. E daí? Ora, “Quem pariu Mateus, que o embale”: a presidente Dilma.

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