terça-feira, 12 de janeiro de 2016

TUDO PELA CAUSA

Pela causa, todo o sacrifício é válido, inclusive o da vida. Isso é da cartilha dos fanáticos. É como agem os extremistas que são encontrados, basicamente, nos substratos sociais ideológico e religioso. São inconsequentes; suicidas, se a causa exigir. Por isso, todos quantos levam suas bandeiras a pontos extremos, devem ser repudiados. O ser fanático não se guia pela razão, mas pela causa. Para ele, sempre edificante.
Essa introdução me leva ao Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Embora preso na operação Lava-Jato, ao contrário de outros seus comparsas, continua calado. Delação premiada, nem falar. Até quando, só aqueles que conhecem seu grau de comprometimento com a causa petista poderão responder. Pelo temor dos seus parceiros, deveria ser silêncio sepulcral. Assim, o Brasil talvez nunca venha a conhecer o tamanho da roubalheira da Petrobras e seus beneficiários. Mas se quebrar o silêncio, não tenho dúvida: não sobrará “pedra sobre pedra”, até porque o castelo construído nesses 12 anos de governo é de areia, erguido sem fundações sobre um lamaçal movediço.
Torço para que o Vaccari, num lampejo patriótico, abandone a causa petista em favor da Pátria. É pouco provável que o faça, mas há um precedente que poderá demovê-lo de sua fixação: Marcos Valério. Pela causa, o operador do Mensalão do PT se calou. Calado, levou a maior condenação de todos. Enfim, se ferrou e prestou um desserviço à Nação.
COALIZÃO FINANCEIRA
O governo Dilma é uma ilha cercada por crises política, econômica, ética e de confiança. Entre as duas últimas, é difícil saber qual a maior. Por isso, como vai terminar seu governo, ninguém sabe. Ademais, Dilma tem muito de militância política e nada de estadista. Por outro lado, para agravar esse quadro, o Brasil vive, e isso não é responsabilidade do governo atual, um regime que não é presidencialista nem parlamentarista. Oficialmente, é presidencialista, só que, pelo presidencialismo de coalizão financeira que Lula inaugurou, Dilma - e assim será com quem a suceder se não romper essa amarra – está sob parlamentarismo disfarçado.
FINANCIAMENTO PÚBLICO
Mediante subterfúgio, o financiamento público de campanha eleitoral se consolida. Nesse momento, através do Fundo Partidário que cada partido, proporcionalmente ao seu tamanho, recebe do Tesouro. Em 2014 foram R$ 289,5 milhões. Em 2015 serão R$ 867,5 milhões. Para o PT, R$ 117 milhões; para o PSDB, R$ 96 milhões; para o PMDB, R$ 94 milhões. O que mais impressiona é a presidente Dilma acatar a elevação do Fundo (3 x +). 
O aumento do espúrio Fundo segue a lógica do PT: nada mais de financiamento privado a campanhas eleitorais. Só que, após o Petrolão, é: a) tranca de ferro em porta arrombada; b) confissão de culpa no escândalo; c) rejeição a alimentos após o estômago cheio.  
NOVO MINISTRO DO STF
Luiz E. Fachin foi indicado por Dilma para a vaga de J. Barbosa. Para ser nomeado ministro do STF, falta a aprovação pelo Senado. Mas lá, até o Tofoli passou. Hoje, o quesito constitucional notório saber jurídico, deixou de ser prioridade. Como já me manifestei, é inaceitável o critério de nomeação para os tribunais. A EC Lasier Martins deve ser acolhida, antes que ocorra o “aparelhamento político” também da Corte Suprema.

Nenhum comentário:

Postar um comentário